Curso Educação para a Diversidade e Cidadania

Este blog tem por finalidade apresentar algumas sugestões de atividades referentes aos temas trabalhados durante o curso "Educação para a Diversidade e Cidadania", sendo assim esse é o nosso TCC, espero que vocês gostem!!!




domingo, 7 de fevereiro de 2010

educação indígena

Referente ao módulo 3- unidade 3- Sujeitos e Saberes da Educação Indígena
EDUCAÇÃO INDÍGENA


“ Educação indígena é algo a ser conquistado e Educação para o índio é algo a ser evitado... O que se vem fazendo é sim, uma Educação para o Índio, pois todos os programas desenvolvidos no sentido de se implementar um processo de ensino e aprendizagem entre grupos indígenas têm como parâmetro a escola formal. ( KAHN, 1994, p. 137)”

Há cinco séculos, os portugueses chegaram ao litoral brasileiro, dando início a um processo de migração que se estenderia até o início do século XX, e paulatinamente foram estabelecendo-se nas terras que eram ocupadas pelos povos indígenas.
Quando os jesuítas chegaram por aqui eles não trouxeram somente a moral, os costumes e a religiosidade européia; trouxeram também os métodos pedagógicos.
A educação indígena foi interrompida com a chegada dos jesuítas. Quinze dias após a chegada edificaram a primeira escola elementar brasileira.No Brasil os jesuítas se dedicaram à pregação da fé católica e ao trabalho educativo.
O Brasil se fez moderno e como todo Estado moderno, se define como Estado-nação, isto é, pressupõe a existência de uma população unida pela cultura e pela tradição. Sendo assim os índios não fazem parte desta nação eles entram na constituição brasileira como povos.
Mas, o que a antropologia vem demonstrando cada vez mais, é que as populações indígenas constituem, do ponto de vista social e cultural, verdadeiras nações organizadas em pequenas unidades economicamente autônomas e politicamente independentes.
Segundo Ferreira ( 2001 ), a história da educação escolar entre os povos indígenas no Brasil pode ser divida em quatro fases. A primeira, mais extensa, inicia no Brasil colônia, quando a escolarização dos índios esteve nas mãos de missionários católicos, especialmente jesuítas. O segundo momento é marcado pela criação do SPI ( Serviço de Proteção ao Índio ), em 1910, e se estende à política de ensino da FUNAI ( Fundação Nacional do Índio ), e a articulação com o SIL ( Summer Institute of Linguistics ) e outras missões religiosas. A terceira fase vai do fim dos anos 60 aos anos 70, destacando-se nela o surgimento de organizações não governamentais: Conselho Indigenista Missionário ( CIMI), Operação Amazônia Nativa (OPAN ), Centro de Trabalho Indigenista (CTI), Comissão Pró-Índio, entre outras, e do movimento indígena. A quarta fase se delineia pela iniciativa dos próprios povos indígenas, nos anos 80, que passam a reivindicar a definição e a autogestão dos processos de educação formal. Os índios entram em cena para debater a política de escolarização e para exigir o direito a uma educação escolar voltada aos seus interesses, ou seja, uma educação que respeite as diferenças e as especificidades de cada povo.
Nos primeiros séculos do processo de colonização, a Companhia de Jesus teve papel emblemático no que se refere à educação e catequização da América Portuguesa. Uma das estratégias da época para atrair os nativos, era agir sobre as crianças, através dos meninos órfãos, para assim, chegar até os mais velhos.
A educação indígena nasceu de um projeto colonialista que perdurou até recentemente. Somente a partir da metade dos anos 70 que se iniciam, no Brasil, programas para a escola indígena com o objetivo de transformar esta escola.
Em 1979 foi fundado o CTI por jovens antropólogos que queriam criar um diálogo com os indígenas que, de alguma forma, viabilizasse uma superação do indigenismo clássico colonialista, evolucionista e civilizatório.A proposta do CTI para a alfabetização indígena sugeria que se ensinasse o alfabeto na língua portuguesa e não na língua nativa; na matemática só deveriam ser ensinadas as operações fundamentais.
Esta concepção de alfabetização tomou forma, foi aplicada e, possivelmente, ainda hoje é aplicada em vários grupos indígenas em todo o território brasileiro.
O Conselho Indigenista Missionário (CIMI) sempre fez questão de alfabetizar na língua nativa.
No período que vai de meados da década de 70 até o final de 80, a escola indígena, foi aguerrida. Esta escola não tratava somente de passar o alfabeto e a matemática, sua filosofia era a autonomia e, fundamentalmente, a autonomia cultural.
Com a nova república as ONGs desaparecem para dar lugar à FUNAI.
No final dos anos 80 e começo dos anos 90, consolidou-se uma reflexão antropológica sobre a educação indígena.
A chamada revolução tecnológica nas comunicações afetou a área de alfabetização: o alfabeto levou séculos para chegar às aldeias, porém, agora, os aparelhos eletrônicos e, mais recentemente, o celular levou somente décadas.
A escola indígena é uma realidade em processo. Os professores indígenas tem, hoje, um papel complexo e um trabalho monumental, pois cabe a eles desenhar o curriculum daqui pra frente.



REFERÊNCIAS:

http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/heb14.htm disponível em 15/12/09

http://http//www.funai.gov.br/indios/fr_conteudo.htm%3E disponível em 15/12/09

http://http//www.ufmt.br/revista/arquivo/rev21/mariana_wiecko.htm disponível em 15/12/09





Nenhum comentário:

Postar um comentário