Curso Educação para a Diversidade e Cidadania

Este blog tem por finalidade apresentar algumas sugestões de atividades referentes aos temas trabalhados durante o curso "Educação para a Diversidade e Cidadania", sendo assim esse é o nosso TCC, espero que vocês gostem!!!




sábado, 27 de março de 2010

Jardim da Infância

Café Social

Essa mensagem foi postada no café social do nosso curso, eu achei ela linda demais, por isso decidi que ela devia fazer parte do nosso blog. Espero que todos gostem!!!

Vanessa.

Jardim de Infância


sexta-feira, 26 de março de 2010

Quem aprecia Poesia???

Café Social

Olá pessoal, gosto muito de poesia e gostaria de compartilhar esta que me acompanha desde a minha infância, a nossa vida é repleta de escolhas, não é?

Ou isto ou aquilo

Ou se tem chuva ou não se tem sol,
ou se tem sol ou não se tem chuva!
Ou se calça a luva e não se põe o anel,
ou se põe o anel e não se calça a luva!
Quem sobe nos ares não fica no chão,
Quem fica no chão não sobe nos ares.
É uma grande pena que não se possa
estar ao mesmo tempo em dois lugares!
Ou guardo dinheiro e não compro doce,
ou compro doce e não guardo dinheiro.
Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo...
e vivo escolhendo o dia inteiro!
Não sei se brinco, não sei se estudo,
se saio correndo ou fico tranqüilo.
Mas não consegui entender ainda
qual é melhor: se é isto ou aquilo.

Cecília Meireles
O vídeo é bonitinho, legal para colocar para as crianças aprenderem a gostar de poesias.
Um abraço a todos!!
Cláudia

Sujeitos e Saberes da Educação Indígena

Referente ao módulo3- unidade 3-Sujeitos e Saberes da Educação indìgena




“ Educação indígena é algo a ser conquistado e Educação para o índio é algo a ser evitado... O que se vem fazendo é sim, uma Educação para o Índio, pois todos os programas desenvolvidos no sentido de se implementar um processo de ensino e aprendizagem entre grupos indígenas têm como parâmetro a escola formal. ( KAHN, 1994, p. 137)”
Há cinco séculos, os portugueses chegaram ao litoral brasileiro, dando início a um processo de migração que se estenderia até o início do século XX, e paulatinamente foram estabelecendo-se nas terras que eram ocupadas pelos povos indígenas.
Quando os jesuítas chegaram por aqui eles não trouxeram somente a moral, os costumes e a religiosidade européia; trouxeram também os métodos pedagógicos.
A educação indígena foi interrompida com a chegada dos jesuítas. Quinze dias após a chegada edificaram a primeira escola elementar brasileira.No Brasil os jesuítas se dedicaram à pregação da fé católica e ao trabalho educativo.
O Brasil se fez moderno e como todo Estado moderno, se define como Estado-nação, isto é, pressupõe a existência de uma população unida pela cultura e pela tradição. Sendo assim os índios não fazem parte desta nação eles entram na constituição brasileira como povos.
Mas, o que a antropologia vem demonstrando cada vez mais, é que as populações indígenas constituem, do ponto de vista social e cultural, verdadeiras nações organizadas em pequenas unidades economicamente autônomas e politicamente independentes.
Segundo Ferreira ( 2001 ), a história da educação escolar entre os povos indígenas no Brasil pode ser divida em quatro fases. A primeira, mais extensa, inicia no Brasil colônia, quando a escolarização dos índios esteve nas mãos de missionários católicos, especialmente jesuítas. O segundo momento é marcado pela criação do SPI ( Serviço de Proteção ao Índio ), em 1910, e se estende à política de ensino da FUNAI ( Fundação Nacional do Índio ), e a articulação com o SIL ( Summer Institute of Linguistics ) e outras missões religiosas. A terceira fase vai do fim dos anos 60 aos anos 70, destacando-se nela o surgimento de organizações não governamentais: Conselho Indigenista Missionário ( CIMI), Operação Amazônia Nativa (OPAN ), Centro de Trabalho Indigenista (CTI), Comissão Pró-Índio, entre outras, e do movimento indígena. A quarta fase se delineia pela iniciativa dos próprios povos indígenas, nos anos 80, que passam a reivindicar a definição e a autogestão dos processos de educação formal. Os índios entram em cena para debater a política de escolarização e para exigir o direito a uma educação escolar voltada aos seus interesses, ou seja, uma educação que respeite as diferenças e as especificidades de cada povo.
Nos primeiros séculos do processo de colonização, a Companhia de Jesus teve papel emblemático no que se refere à educação e catequização da América Portuguesa. Uma das estratégias da época para atrair os nativos, era agir sobre as crianças, através dos meninos órfãos, para assim, chegar até os mais velhos.
A educação indígena nasceu de um projeto colonialista que perdurou até recentemente. Somente a partir da metade dos anos 70 que se iniciam, no Brasil, programas para a escola indígena com o objetivo de transformar esta escola.
Em 1979 foi fundado o CTI por jovens antropólogos que queriam criar um diálogo com os indígenas que, de alguma forma, viabilizasse uma superação do indigenismo clássico colonialista, evolucionista e civilizatório.A proposta do CTI para a alfabetização indígena sugeria que se ensinasse o alfabeto na língua portuguesa e não na língua nativa; na matemática só deveriam ser ensinadas as operações fundamentais.
Esta concepção de alfabetização tomou forma, foi aplicada e, possivelmente, ainda hoje é aplicada em vários grupos indígenas em todo o território brasileiro.
O Conselho Indigenista Missionário (CIMI) sempre fez questão de alfabetizar na língua nativa.
No período que vai de meados da década de 70 até o final de 80, a escola indígena, foi aguerrida. Esta escola não tratava somente de passar o alfabeto e a matemática, sua filosofia era a autonomia e, fundamentalmente, a autonomia cultural.
Com a nova república as ONGs desaparecem para dar lugar à FUNAI.
No final dos anos 80 e começo dos anos 90, consolidou-se uma reflexão antropológica sobre a educação indígena.
A chamada revolução tecnológica nas comunicações afetou a área de alfabetização: o alfabeto levou séculos para chegar às aldeias, porém, agora, os aparelhos eletrônicos e, mais recentemente, o celular levou somente décadas.
A escola indígena é uma realidade em processo. Os professores indígenas tem, hoje, um papel complexo e um trabalho monumental, pois cabe a eles desenhar o curriculum daqui pra frente.

Este texto sobre a Educação Indígena, causou uma revolução interna nos meus pensamentos. Nós muitas vezes nos acomodamos em nosso “mundinho” e não nos damos conta do tamanho real do nosso país e da diversidade de culturas que ele abriga.
Eu sinceramente não sabia muito sobre a história da educação indígena, como ele se deu no decorrer dos séculos, e como ela é atualmente, na verdade tinha uma visão bastante simplificada desse povo que é tão rico na sua diversidade.
Com certeza a educação indígena precisa ser discutida e planejada. Mas com certeza os índios que são os principais interessados precisam fazer parte desse planejamento.