Curso Educação para a Diversidade e Cidadania

Este blog tem por finalidade apresentar algumas sugestões de atividades referentes aos temas trabalhados durante o curso "Educação para a Diversidade e Cidadania", sendo assim esse é o nosso TCC, espero que vocês gostem!!!




domingo, 21 de fevereiro de 2010

Projeto: Bonequinha Preta

Referente ao módulo 4- unidade 3- Educação das relações Étnico-raciais: O Brasil Afro
PROJETO: "BONEQUINHA PRETA"




Atividades propostas:



* Leve o livro e uma bonequinha preta (feita de pano)para a sala de aula,mas prepare todo o ambiente para que os alunos fiquem curiosos para saber do que se trata.
* Decore uma caixa com papéis coloridos e fitas, será uma caixa surpresa e dentro coloque o livro e a bonequinha.Espalhe pela sala cartazes pequenos com desenhos que possam levar as crianças a fazerem perguntas,desenhe por exemplo:A roupinha da boneca, o sapatinho,um gatinho, etc ...
* Ao abrir a caixa, mostre primeiro a boneca. Explique que ela é uma visita e que ficará alguns dias na sala. Arrume um lugar pra ela se sentar!Deixe que os alunos peguem a boneca, faça esta atividade em rodinha,todos sentados no chão da sala mesmo.Vão surgir algumas perguntas e você deverá respondê-las, anote-as,faça um registro de tudo o que está ocorrendo nesta atividade.
* Durante toda a semana trabalhe com o livro, mostre a capa, explore-a bem, fale sobre a autora:Alaíde Lisboa de Oliveira. Se possível, mostre aos alunos uma foto dela.Ao iniciar o conto, leia com voz suave,sem pressa. Os alunos, quando gostam de uma história ,sempre pedem para ouvir novamente e isso é ótimo! Não leia o livro todo em um único dia, vá deixando as crianças com vontade de "quero mais!"
*Ao final da história procure saber deles o que mais gostaram, o que não gostaram,se mudariam algo na história, o que aprenderam com ela,você pode começar a trabalhar algumas questões a partir daí,como os nossos valores,o amor, o egoísmo, a questão de sermos diferentes com relação a cor,mas que somos todos iguais perante Deus, trabalhe o respeito ao próximo,a amizade,etc...
* Fazer com os alunos um mural com desenhos da bonequinha preta.
* Montar um quebra cabeça da bonequinha,fazer colagens, dobraduras,pintura a dedo,modelagem,alinhavo...
* Fazer uma bonequinha de pano para cada um e deixar que façam e vistam a roupinha nela.
* Fazer um livrão de reconto, as crianças fazem o reconto você anota e elas desenham as cenas.
*Uma dica bem legal é fazer com os alunos o aniversário da Bonequinha Preta. Faça convites,decore a sala com balões.Neste dia,leve um bolo,docinhos,salgados e sucos,enfeite a mesa...As crianças amam esta festa,lembre-se se fotografar e não esqueça de colocar a bonequinha sentada a mesa também...
*Montar uma exposição com todos os trabalhos desenvolvidos durante este projeto, montar um painel com as fotos mostrando que todo o trabalho foi feito com muito carinho e teve início, meio e fim.Faça um livro de visitas, faça uma lembrancinhas para os visitantes(Pirulito embrulhado com aqueles papéis de bala de franjinha,de cor preta,e coloque uma fitinha vermelha,formando o cabelinho dela,faça olhinhos e boca)
*Cada família deve construir com sua criança uma bonequinha preta, utilizando-se de materiais diversos.
*Fazer uma exposição com as bonecas.




POESIA:

Minha Bonequinha Preta ( Cida Valadares)




Minha mãe foi viajar
Com minha tia fui morar
Mas pedi um presente
Pois o natal ia chegar

Sonhei uma boneca de louça
Igual a outras que tinha
E que a doida da minha tia
Não me deixava brincar

Minha mãe trouxe o presente
Espantei-me ao abrir
Era uma boneca preta
Que fez foi me assustar

Tinha os cabelos espetados
E a boquinha de carmim
A minha amiguinha preta
Dei o nome de jasmim.

História : Anjo Negro


Referente ao módulo 4- unidade 3- Educação das Relações Étnico-Raciais : O Brasil Afro
ANJO NEGRO


Os meninos da Terra são muito estranhos. Eles julgam os anjos pela cor. Gabriel, quando desceu a Terra, sabia disso e se precaveu. Sabia que iria sofrer esse preconceito e cada amiguinho iria querer vê-lo de uma forma. Se fosse preciso ele transformaria seu corpo com sua energia de anjo. Logo que chegou a Terra, uma menina percebeu sua presença. Percebeu também que ele não tinha cor. Seu corpinho era lindo. Seu rosto, suas asas, tudo transparente. Uma transparência maravilhosa. Ela olhou para ele e disse:
-Acho que é um anjo. É sim, um anjinho, mas não deve ser dos bons, se fosse seria vermelho e se fosse vermelho acharia minha boneca.
O anjinho mentalizou, vibrou, pôs energia na sua vontade e se tornou vermelho. Encontrou a boneca da menina. Despediu-se e seguiu seu caminho.
Depois de muito voar, encontrou um menino que disse:
- É um anjo. Mas anjo vermelho eu nunca vi. Bem que poderia ser um anjo verde, anjo da esperança. Então ele iria tirar minha pipa de cima daquela árvore.
O anjinho mais uma vez vibrou e tornou-se verde. Voou até a árvore e libertou a pipa do menino. Achou que aquela cor estava um tanto estranha mas seguiu seu caminho. Voou mais um pouco e novamente encontrou outro menino. Esse olhou para ele com olhos de quem não estava acreditando e falou:
- Que anjo estranho. Talvez seja dessa cor para confundir-se com a mata. Não é feio, mas eu gostaria de um anjo azul... da cor do céu. Sendo azul, ele poderia entrar naquele canal e pegar minha bola que caiu lá dentro.
O anjinho mentalizou a cor azul, um azul muito bonito da cor do céu e no mesmo instante lá estava ele azul e com a bola debaixo da asa. O menino, muito educado, agradeceu ao anjo Foi então que o anjo ouviu um chorinho. Era uma menina. Seu irmão tentando consolá-la disse:
- Não chore, olha, é um anjo.
Com os olhos ainda cheios de lágrimas, ela respondeu:
- Ainda que fosse um anjo preto, eu acreditaria que minha mãe está no céu. O homem mau falou que negro não entra no céu porque anjo é loirinho de olhos azuis.
O anjo comoveu-se ao perceber que o menino negro e sua irmãzinha eram órfãos. Não poderia trazer de volta aquela mulher como fez com a boneca, a pipa e a bola mas naquele momento, ele pôs toda sua energia na vontade de ser preto e se tornou o anjo negro. Para sempre... O anjo de todos os Meninos que sofrem o preconceito da cor.




terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Gênero e Diversidade Sexual na Escola

Referente ao módulo 4- unidade 2-Educação para as questões de gênero e diversidade sexual

Gênero e Diversidade Sexual na Escola

1/9/2008
Paulo Gois Bastos
Luiz Cláudio Kleaim
Plur@l – Grupo de Diversidade Sexual¹ *


“Já se disse, muitas vezes, que sem a sexualidade não haveria curiosidade e sem curiosidade o ser humano não seria capaz de aprender. Tudo isso me leva a apostar que teorias e políticas voltadas, inicialmente, para a multiplicidade da sexualidade, dos gêneros e dos corpos possam contribuir para transformar nossos modos de pensar e de aprender, de conhecer e de estar no mundo em processos mais prazerosos, mais efetivos e mais mais intensos.”

Guacira Louro

A professora pede que seus alunos levem seus brinquedos preferidos para a sala de aula. Ludivic, um dos meninos, traz como brinquedo um casal de bonecos. A sala cai em risadas e a professora, com sorriso constrangido, sugere que o garoto devolva os brinquedos para a irmã em casa ou junte-se a uma colega que também trouxe os mesmos bonecos. O garoto, visivelmente contrariado, percebe que a sua preferência lúdica não teve o mesmo respeito que a dos demais. A professora, atordoada, procura contornar a situação, porém, sem discutir a atitude do seu aluno. Essa história é uma cena do filme Minha Vida em Cor de Rosa (de Alain Berliner, 110 minutos, 1997). A obra narra a história de Ludovic, um menino que brincava de boneca e gostava de meninos. Assim como na ficção, esse tipo de situação é, quase sempre, causador de incômodo, estranhamento e constragimento no ambiente escolar.

A professora agiu corretamente? O que ela deveria ter feito? Ter recolhido o brinquedo? Ter orientado Ludovic para que ele brincasse com carrinhos? Ter repreendido toda a turma pelas risadas e gozações, protegendo, assim, o garoto? Ter questionado a turma o riso e estranhamento? Ter dado uma aula sobre quais brinquedos são para meninos e meninas?

De um modo geral, na escola, quando um menino apresenta uma predileção por brincar de bonecas, não participa de brincadeiras e jogos com outros meninos ou porta-se de maneira mais “delicada” e “sensível”, há um constragimento dos demais com relação a sua orientação sexual. Esse incômodo é exterior ao garoto, são seus colegas e professores que não têm “clareza” da orientação sexual dele e, por isso, cobram-lhe atos que perfaçam um universo mais adequado para ele, atos esses que o enquadrem e estabeleçam a expectativa de normalidade desse corpo masculino.

Situações como as de uma menina brigona que bate em meninos; de meninas que gostam de jogar futebol; de meninos que decoram e colorem o caderno; do uso de roupas mais femininas por meninos e de roupas masculinas por meninas; e de muitas outras parecem tirar o sossego de muitos professores e professoras. Na maioria das vezes, a reação dos profissinais da educação é a de atribuir, à orientação sexual do seu aluno ou aluna, a causa desses constrangimentos. E, mesmo quando essa constatação acontece, há uma fuga da problematização dessas diferenças junto a todo o corpo escolar.

Mesmo quando se aborda a questão da orientação, ficam algumas lacunas ao evidenciar as nuances atreladas à noção de sexualidade, pois ela não está apenas limitada ao objeto de desejo erótico-afetivo. Sua manifestação e os significados que lhe atribuímos estão envoltos de diversos outros significados. Nos casos acima exemplificados, estamos tratando do modo como se estabelecem as relações entre homens e mulheres, homens e homens e mulheres e mulheres. Estamos falando de gênero .

Gênero é uma forma de significar os corpos sexuados de homens e de mulheres. É uma construção social imposta sobre os corpos. A engenharia do gênero pode ser ilustrada da seguinte maneira: quando uma gestante recebe o resultado de sua ultrassonografia, na qual é revelada a genitália da criança, aciona-se um rol de atitudes preparatórias para antes e depois do nascimento. A arquitetura do quarto, o vestuário, os brinquedos, o comportamento de familiares e o que se esperará dessa criança constituem exemplos deste dispositivo de sexo em ação que começa a funcionar antes mesmo do seu nascimento. Esses significados do gênero agem como uma rede de interações discursivas de diversas instituições na produção de corpos-homens e corpos-mulheres.

Exemplos banais das tecnologias discursivas de gênero são encontrados em sentenças como “meninos não choram”, “meninas brincam de boneca!”, “menina, sente direito!”, “homem tem que ser forte”, “mulher tem que ser amorosa” etc. Em Minha Vida em Cor de Rosa há um estranhamento. Essas tecnologias parecem falhar tendo sua eficácia questionada. Por tratar-se de uma construção cultural, que marca os corpos, esse conjunto de significados está fadado a ser tensionado e borrado.

Ludovic , dono de um corpo biologicamente masculino, põe a artificialidade dessa construção em evidência. Devido ao questionamento dos seus atos, ele passa a ser enquadrado como orientado de uma sexualidade diferente da do restante de seus colegas. Entretanto, a situação apresentada pelo filme ultrapassa as questões de orientação sexual. Não se trata apenas da definição de um objeto sexual, mas de como aquele garoto “descumpriu” aquilo que se espera de um individuo masculino da sua idade, ou seja, são exigidas dele performances de gênero que garantam a sua heterossexualidade.

Nesse aspecto, o gênero é sofisticadamente heteronormativo uma vez que ele se realiza por meio de reificações, reiterações e regulações desse corpo na exigência de seu destino exclusivamente heterossexual.

Trabalhar gênero e orientação sexual na sala de aula exige um olhar atento dos diversos agentes que atuam no processo educacional. É redundante dizer que a escola é um espaço de socialização dos mais impactantes na (re)definição de valores, inclusive na reificação das tecnologias do gênero. Não se trata de utilizar manuais ou fórmulas prontas para lidar com essas questões, mas, a partir das demandas e experiências de alunos e professores, colocar essa problemática em evidência.

Não é preciso ir muito longe para buscarmos referências de como tratar essa temática no processo educacional. Os próprios Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) já trazem diretrizes e elementos para nortear a abordagem transversalizada da Orientação Sexual. Uma observação atenta a esse texto é um pontapé para que o gênero também seja um conteúdo problematizado de maneira crítica e transformadora no cotidiano escolar.

A recusa a ou tratamento inadequado da referida temática, por parte da escola, contribui para perpetuar práticas e valores machistas e hetoressexistas. Dessa forma, o processo educacional fica em descompasso com os Direitos Humanos e com uma educação pluralista, princípios estes assegurados por nossa Constituição. Cabe-nos, enquanto educadores e educadoras, potencializarmos a curiosidade inerente à sexualidade, obtendo assim um instrumento para o aprendizado de uma vida sexual criativa, prazerosa e responsável.


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REFERÊNCIAS:
BENTO, Berenice. Corpos e Próteses : dos limites discursivos do dimorfismo. http://www.fazendogenero7.ufsc.br/artigos/B/Berenice_Bento_16.pdf . 2006?. Acesso em 10/10/2006.

______. A reinvenção do corpo : Sexualidade e gênero na experiência transexual. Rio de Janeiro: Garamond, 2006.

Brasil . Parâmetros curriculares nacionais: apresentação dos

temas transversais. Brasília: MEC/SEF, 1997.

Brasil . Parâmetros curriculares nacionais: Orientação Sexual.

Brasília: MEC/SEF, 1997.

BUTLER, Judith. Problemas de Gênero Feminismo e subversão da identidade. Trad. Renato Aguiar. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.

LOURO, Guacira (org). O Corpo Educado: Pedagogias da Sexualidade. 2. ed. 3ª reimpressão. Belo Horizonte: Autêntica, 2007.

Minha Vida em Cor de Rosa. Direção: Alain Berliner. Produção: Haut et Court. 110 min. 1997.

SCOTT, Joan W. “El género: uma categoria útil para el análisis histórico”. 1996. Em: Lamas Marta Compiladora. El género : la construcción de la diferencia sexual. PUEG, México, 1996, p. 265-302.


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1- O Plur@l – Grupo de Diversidade Sexual é um programa de extensão da Universidade Federal do Espírito Santo. O Grupo existe desde 2004 e desenvolver ações de pesquisa, estudo e intervenção sobre a temática do gênero e da diversidade sexual. Contato: plural_es@yahoo.com.br e www.grupoplural.blogspot.com .


* Paulo Gois Bastos, jornalista, graduando em Comunicação Social/Ufes; Luiz Cláudio Kleaim, prof. da rede estadual, graduado em Letras/Ufes. Ambos integrantes do Plur@l – Grupo de Diversidade Sexual.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

educação indígena

Referente ao módulo 3- unidade 3- Sujeitos e Saberes da Educação Indígena
EDUCAÇÃO INDÍGENA


“ Educação indígena é algo a ser conquistado e Educação para o índio é algo a ser evitado... O que se vem fazendo é sim, uma Educação para o Índio, pois todos os programas desenvolvidos no sentido de se implementar um processo de ensino e aprendizagem entre grupos indígenas têm como parâmetro a escola formal. ( KAHN, 1994, p. 137)”

Há cinco séculos, os portugueses chegaram ao litoral brasileiro, dando início a um processo de migração que se estenderia até o início do século XX, e paulatinamente foram estabelecendo-se nas terras que eram ocupadas pelos povos indígenas.
Quando os jesuítas chegaram por aqui eles não trouxeram somente a moral, os costumes e a religiosidade européia; trouxeram também os métodos pedagógicos.
A educação indígena foi interrompida com a chegada dos jesuítas. Quinze dias após a chegada edificaram a primeira escola elementar brasileira.No Brasil os jesuítas se dedicaram à pregação da fé católica e ao trabalho educativo.
O Brasil se fez moderno e como todo Estado moderno, se define como Estado-nação, isto é, pressupõe a existência de uma população unida pela cultura e pela tradição. Sendo assim os índios não fazem parte desta nação eles entram na constituição brasileira como povos.
Mas, o que a antropologia vem demonstrando cada vez mais, é que as populações indígenas constituem, do ponto de vista social e cultural, verdadeiras nações organizadas em pequenas unidades economicamente autônomas e politicamente independentes.
Segundo Ferreira ( 2001 ), a história da educação escolar entre os povos indígenas no Brasil pode ser divida em quatro fases. A primeira, mais extensa, inicia no Brasil colônia, quando a escolarização dos índios esteve nas mãos de missionários católicos, especialmente jesuítas. O segundo momento é marcado pela criação do SPI ( Serviço de Proteção ao Índio ), em 1910, e se estende à política de ensino da FUNAI ( Fundação Nacional do Índio ), e a articulação com o SIL ( Summer Institute of Linguistics ) e outras missões religiosas. A terceira fase vai do fim dos anos 60 aos anos 70, destacando-se nela o surgimento de organizações não governamentais: Conselho Indigenista Missionário ( CIMI), Operação Amazônia Nativa (OPAN ), Centro de Trabalho Indigenista (CTI), Comissão Pró-Índio, entre outras, e do movimento indígena. A quarta fase se delineia pela iniciativa dos próprios povos indígenas, nos anos 80, que passam a reivindicar a definição e a autogestão dos processos de educação formal. Os índios entram em cena para debater a política de escolarização e para exigir o direito a uma educação escolar voltada aos seus interesses, ou seja, uma educação que respeite as diferenças e as especificidades de cada povo.
Nos primeiros séculos do processo de colonização, a Companhia de Jesus teve papel emblemático no que se refere à educação e catequização da América Portuguesa. Uma das estratégias da época para atrair os nativos, era agir sobre as crianças, através dos meninos órfãos, para assim, chegar até os mais velhos.
A educação indígena nasceu de um projeto colonialista que perdurou até recentemente. Somente a partir da metade dos anos 70 que se iniciam, no Brasil, programas para a escola indígena com o objetivo de transformar esta escola.
Em 1979 foi fundado o CTI por jovens antropólogos que queriam criar um diálogo com os indígenas que, de alguma forma, viabilizasse uma superação do indigenismo clássico colonialista, evolucionista e civilizatório.A proposta do CTI para a alfabetização indígena sugeria que se ensinasse o alfabeto na língua portuguesa e não na língua nativa; na matemática só deveriam ser ensinadas as operações fundamentais.
Esta concepção de alfabetização tomou forma, foi aplicada e, possivelmente, ainda hoje é aplicada em vários grupos indígenas em todo o território brasileiro.
O Conselho Indigenista Missionário (CIMI) sempre fez questão de alfabetizar na língua nativa.
No período que vai de meados da década de 70 até o final de 80, a escola indígena, foi aguerrida. Esta escola não tratava somente de passar o alfabeto e a matemática, sua filosofia era a autonomia e, fundamentalmente, a autonomia cultural.
Com a nova república as ONGs desaparecem para dar lugar à FUNAI.
No final dos anos 80 e começo dos anos 90, consolidou-se uma reflexão antropológica sobre a educação indígena.
A chamada revolução tecnológica nas comunicações afetou a área de alfabetização: o alfabeto levou séculos para chegar às aldeias, porém, agora, os aparelhos eletrônicos e, mais recentemente, o celular levou somente décadas.
A escola indígena é uma realidade em processo. Os professores indígenas tem, hoje, um papel complexo e um trabalho monumental, pois cabe a eles desenhar o curriculum daqui pra frente.



REFERÊNCIAS:

http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/heb14.htm disponível em 15/12/09

http://http//www.funai.gov.br/indios/fr_conteudo.htm%3E disponível em 15/12/09

http://http//www.ufmt.br/revista/arquivo/rev21/mariana_wiecko.htm disponível em 15/12/09





educação ambiental

Referente ao módulo 4- unidade 1- Educação Ambiental na Prática Educacional

EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA PRÁTICA EDUCACIONAL


A questão ambiental tem sido atualmente alvo de discussões na sociedade, tanto no ambiente político, empresarial como acadêmico. Termos como aquecimento global e desenvolvimento sustentável passaram a fazer parte do vocabulário do dia a dia das pessoas.
A preocupação tornou-se constante, mas pergunta-se: o que as pessoas têm feito para mudar suas atitudes com relação à questão ambiental? Mesmo distante das decisões sobre as grandes questões ambientais, há muitas atitudes que qualquer cidadão pode tomar em seu convívio social.
È comum, e quase natural, pessoas jogando papel nas ruas e calçadas, sem ter uma preocupação com os danos que essa atitude pode estar causando ao meio ambiente.
Muitas vezes as pessoas realizam, inconscientemente, algumas ações como, por exemplo, esquecem torneiras ligadas, não apagam as luzes ao ser o último a sair de determinado ambiente e pode-se perceber que essas ações são automáticas.
Mudar o comportamento de pessoas adultas, com hábitos já arraigados, e que não receberam uma educação ambiental exige um grande esforço. A maneira pela qual o homem assimila determinados conteúdos vai estabelecer conceitos padrões dentro de si, que geralmente são persistentes.
Quando criança, o homem recebe algumas informações que vão formando idéias e conceitos que passarão a fazer parte integrante da sua vida, conduzindo-o sempre em suas decisões e atitudes comportamentais, por isso torna-se importante sensibilizar as pessoas com relação a questão ambiental para que possam agir de forma ética em relação ao meio ambiente.
As discussões tocam exatamente neste ponto, pois é chegada a hora de repensarmos nossas atitudes e criarmos um padrão de comportamento mais coletivo pensando no bem estar de toda uma sociedade da qual fazemos parte e, disso depende a nossa condição de vida, tanto em termos de recursos naturais como em saúde.
Nesse sentido se faz necessário que as pessoas mudem seus hábitos para contribuir com a preservação do patrimônio que pertence a todos, o meio ambiente.
Mas a realidade que se enfrenta para resolver essa questão não é das mais simples porque é quase inerente no ser humano a dificuldade de mudar hábitos, sejam eles quais forem, alguém sempre irá resistir quando se tiver que mudar algum hábito.
A mudança de atitude em relação ao meio ambiente implica em duas questões fundamentais, o exercício da cidadania, compreendida como sendo a consciência de seus deveres e direitos no convívio social e a responsabilidade social, como sendo os efeitos que cada ação pode interferir na sociedade como um todo, pois quando o indivíduo toma consciência de seus deveres e direitos perante si mesmo e a sociedade em que vive e age sempre respeitando o bem comum, pode-se obter o primeiro passo em direção à mudança de atitude.
Pela própria natureza da questão ambiental, a aquisição de informações sobre o tema é uma necessidade constante para todos. Isso não significa dizer que os professores deverão “saber tudo” para que possam desenvolver um trabalho junto aos alunos, mas, sim, que deverão se dispor a aprender sobre o assunto e, mais do que isso, transmitir aos seus alunos a noção de que o processo de construção e de produção do conhecimento é constante.
O trabalho de Educação Ambiental deve ser desenvolvido a fim de ajudar os alunos a construírem uma consciência global das questões relativas ao meio para que possam assumir posições afinadas com os valores referentes à sua proteção e melhoria. Para isso, é importante que possam atribuir significado àquilo que aprendem sobre a questão ambiental.
A perspectiva ambiental oferece instrumentos para que o aluno possa compreender problemas que afetam a sua vida, a de sua comunidade, a de seu país e a do planeta. Muitas das questões políticas, econômicas e sociais são permeadas por elementos diretamente ligados à questão ambiental. Nesse sentido, as situações de ensino devem se organizar de forma a proporcionar oportunidades para que o aluno possa utilizar o conhecimento sobre Meio Ambiente a fim de compreender a sua realidade e atuar sobre ela. O exercício da participação em diferentes instâncias (desde atividades dentro da própria escola até movimentos mais amplos referentes a problemas da comunidade) é também fundamental para que os alunos possam contextualizar o que foi aprendido.
Os conteúdos de Meio Ambiente serão trabalhados através da transversalidade, pois serão tratados nas diversas áreas do conhecimento, de modo a impregnar toda a prática educativa e, ao mesmo tempo, criar uma visão global e abrangente da questão ambiental.
Percebe-se que a questão ambiental é um fato social e político.
Trabalhar esse tema na escola constitui-se uma questão de preservação da vida.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais foram elaborados de modo a servir de referencial para o trabalho educativo do professor, podendo ser adaptados à realidade de cada região.
Os objetivos e conteúdos trabalhados pelo docente devem visar à formação dos indivíduos, proporcionando-lhes conhecimentos de que necessitam para crescerem e atuarem como cidadãos conscientes na sociedade. A Educação Ambiental deve ser trabalhada de modo a atender às realidades brasileiras, sempre observando as peculiaridades de cada região e tendo o entendimento de que a preservação ambiental é a preservação da própria vida.
No ano de 2009 na escola em que trabalhamos, desenvolvemos um projeto com a idéia de construir, com as crianças, uma consciência sobre o meio em que vivem, reconhecendo-se como parte do mesmo. O principal objetivo era que, a partir dessa consciência, eles contribuíssem para o desenvolvimento de atitudes de respeito e preservação.
O tema foi trabalhado de diversas maneiras:
- Leitura de textos relacionados ao tema;
- Passeata no dia mundial do meio ambiente, sensibilizando a comunidade;
- Produção de cartazes;
- Confecção de um livro sobre o meio ambiente;
- Produção de brinquedos com materiais recicláveis;
- Reciclagem com sobras de papel;
- Economia de água através do projeto de higiene bucal;
- Desenvolvimento do hábito de apagar luzes e desligar ventilador ao sair do ambiente da sala de aula;
- Conscientização da necessidade urgente de preservação;
- Descarte correto de lixo eletrônico ( pilhas e baterias)
- Etc.
O projeto é apresentado aos alunos e à comunidade no sentido de mostrar a cada ser humano que, independente da posição que ocupe dentro do planeta, e com pequenas atitudes podem colaborar para a manutenção e conservação do ambiente.
A conscientização sobre a necessidade de conservação e defesa do meio ambiente para presentes e futuras gerações é prevista na Lei 9.795/99, inciso VI do parágrafo 1º do art. 225 da Constituição Federal de 1988 que instituiu a Política Nacional de Educação Ambiental: "promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente".
É possível, de forma criativa, mudar o comportamento dos pequenos estudantes e torná-los agentes de defesa do meio ambiente ecologicamente equilibrado e saudável. Nossos Projetos exploram fatos do cotidiano dos alunos e podem ser desenvolvidos contínua e profundamente ao longo do ano letivo, são eficientes porque permitem que o aluno perceba como ele pode interferir crítica e responsavelmente sobre sua realidade ambiental.
Certamente, não vamos sozinhos, resolver os problemas do nosso planeta, mas podemos contribuir para que as próximas gerações, as dos nossos filhos e netos, encontrem um Planeta melhor. Nos próximos 50 anos, muitos de nós teremos descendentes próximos ainda vivos.Portanto, que cada um faça a sua parte e da melhor forma possível. Pelos nossos filhos e pelos filhos de nossos filhos.



Referências:
MORENA, Julina. Meio Ambiente: Uma questão de Atitude. O Diário on-line, Maringá, 2009. Disponível em: .
Brasil. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: meio ambiente, saúde. Brasília: 1997. vol. 9. p. 47 a 54.
Educação Ambiental Urbana - uma alternatiava de ensino nos grandes centros urbanos
Ambiente Brasil - Educação Ambiental




SUGESTÕES DE ATIVIDADES

MÚSICA




Toquinho
Herdeiros Do Futuro




A vida é uma grande amiga da gente
Nos dá tudo de graça pra viver
Sol e céu, luz e ar
Rios e fontes, terra e mar

Somos os herdeiros do futuro
E pra esse futuro ser feliz
Vamos ter que cuidar
Bem desse país
Vamos ter que cuidar
Bem desse país

Será que no futuro haverá flores?
Será que os peixes vão estar no mar?
Será que os arco-íris terão cores?
E os passarinhos vão poder voar?

Será que a terra vai seguir nos dando
O fruto, a folha, o caule e a raiz
Será que a vida acaba encontrando
Um jeito bom da gente ser feliz?

Vamos ter que cuidar
Bem desse pais.
Vamos ter que cuidar
Bem desse país

Será que no futuro haverá flores?
Será que os peixes vão estar no mar?
Será que os arco-íris terão cores?
E os passarinhos vão poder voar?

Será que a terra vai seguir nos dando
O fruto, a folha, o caule e a raiz
Será que a vida acaba encontrando
Um jeito bom da gente ser feliz?

Vamos ter que cuidar
Bem desse pais.
Vamos ter que cuidar
Bem desse país










RAP DA NATUREZA

Beatriz Sampaio





EZA EZA EZA vamos proteger a natureza
ÃO ÃO ÃO cada bichinho tem sua função,


A joaninha come o pulgão
A aranha come o bichão
O patinho come o peixinho
E a cobra come os bichinhos que nascem
então
ÃO ÃO ÃO cada bichinho tem sua função,



A lesma come as frutas
O jabuti come as flores
O sapo come as mosca,
E a abelha faz o mel para deixar tudo
mais doce
EZA EZA EZA vamos proteger a natureza



A borboleta come as folhinhas
O besouro come as folhinhas
A libélula pousa na água
E o pelicano tem um bocão para
comer um peixão
ÃO ÃO ÃO cada bichinho te sua função


E para acabar a centopéia vai
chegando,e com todos os seus
pés a festa vai animando
EZA EZA EZA vamos proteger a natureza
ÃO ÃO ÃO cada bichinho tem sua função



Vamos cumprir nossa parte
Não deixando lixo no chão não poluindo os rios e protegendo os bichinhos que
la vivem então,agora você viu como
natureza é importante,agora vamos
embora,com todos os bichinhos falando tchau,tchau







O aquecimento global não é um fenômeno natural, mas um problema criado pelos homens. Qualquer pequena tora de madeira, cada gota de óleo e gás que os seres humanos queimam são jogados na atmosfera ...









ANIMAÇÃO:PAULOZOLA, MÚSICA:FRANCIS MONTEIRO. VÍDEO SOBRE RECICLAGEM E MEIO AMBIENTE. VAMOS PRESERVAR A NATUREZA COM O SAPAROTI.

Projeto EJA

Referente ao módulo 3 - unidade 1- Sujeitos e Saberes da Educação de Jovens e Adultos
PROJETO: “ O TRABALHO NOSSO DE CADA DIA”

Duração:- 30 dias, de preferência no mês de maio
Justificativa:

Este projeto está relacionado à importância do trabalho na vida do
homem. Foi proposto reflexões sobre as dificuldades que o trabalhador en-
contra na sua atividade diária, além de abordar assuntos de ordem prática co-
mo: a importância da carteira profissional, a segurança no trabalho e outros
direitos trabalhistas. Além da erradicação do trabalho infantil, a posição da
mulher no mercado de trabalho, e o lugar que ela ocupa na sociedade atual.
A discussão amplia-se para os problemas sociais e econômicos como, o
desemprego, a recessão e a inflação, e a posição do trabalhador perante as
dificuldades que enfrenta.
Objetivos:-

- Levar o aluno jovem e adulto a reconhecer e identificar diferentes tipos de
texto, analisando sua organização e suas características;
- Utilizar a linguagem oral expressando sentimentos e opiniões, e assim
defender pontos de vista com argumentos coerentes;
- Reconhecer seus direitos e deveres como cidadãos, trabalhadores aluno,
sentindo que fazem parte da comunidade em que vivem, sabendo de seus di-
reitos e deveres como trabalhador e cidadão.

Atividades desenvolvidas:

- Leitura de textos informativos:- A Carteira de Trabalho, Direitos Trabalhistas,
A Segurança no Trabalho, Mulheres no Mercado de Trabalho, O Trabalho
Infantil;
- Interpretação oral e escrita;
- Debates;
- Produção de texto:- “Meu primeiro emprego”;
- Pesquisas em jornais – classificados de empregos;
- Confecção de cartazes (os diferentes trabalhos) – atividade em equipe;
- Produto final:- exposição de um mural.

valores e educação

Referente ao módulo 2- unidade 2- Valores e Educação
VALORES E EDUCAÇÃO


"DUDH-ONU - Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir um para com os outros em espírito de fraternidade."

O estudo da evolução dos direitos humanos é importante para que se perceba que são frutos de árduos trabalhos, realizados em diferentes momentos históricos em que referidos direitos foram concretizados, representando grandes conquistas da humanidade.
A Revolução Francesa praticamente foi a grande responsável pela afirmação histórica dos direitos humanos de primeira geração. A partir do final do século XVIII, com as primeiras Declarações de Direitos, temos a oposição de direitos em relação ao governo absolutista. Consequentemente, liberdade, igualdade e solidariedade são valores essenciais para a comunidade dos povos, uma vez que também são considerados como “suporte” para a oposição de direitos face ao arbítrio do Estado e ao abuso do poder econômico. A primeira geração de direitos abrange, basicamente, as liberdades individuais ou liberdades públicas, a exemplo das liberdades de locomoção, de pensamento, de reunião, de associação, de expressão, de culto, dentre outras.
Se os direitos individuais surgiram em primeiro lugar, no momento em que surgiram a sua compreensão era completamente diferente da que se tem hoje. Naquela época estes direitos eram vistos como direitos negativos, que pediam um não fazer do estado. As pessoas eram livres pelo simples fato do Estado nada fazer. Esta era uma compreensão liberal completamente superada. Hoje os direitos individuais são vistos como direitos que pedem um agir estatal ou pedem condições sócio-econômicas para que se efetivem. Portanto os direitos de primeira geração, aqueles direitos individuais, não são os mesmo direitos de hoje. Seu conceito e sua compreensão dentro do sistema de direitos mudaram bastante.
Os direitos de segunda geração é uma complementação aos direitos humanos da primeira geração. São os direitos coletivos, os chamados direitos de proteção sociais, que se caracterizam pelo direito dos cidadãos em exigirem uma prestação positiva do Estado para sua proteção. São as chamadas liberdades positivas dos cidadãos. São provenientes principalmente das lutas das classes trabalhadoras, após a Revolução Industrial. Os direitos previdenciários e os direitos trabalhistas são exemplos de direitos humanos de segunda geração. Abrangem também o direito à saúde, educação, lazer, habitação, repouso, saneamento, etc.
Mesmo que se fale em gerações, cabe deixar claro que não existe nenhuma hierarquia ou sucessão entre os direitos fundamentais, devendo ser tratados como valores interdependentes e indivisíveis. Além do mais, a evolução desses direitos não seguiu uma ordem cronológica em todos os lugares ou situações históricas, ou seja, os direitos humanos não se sucedem no tempo, as gerações antecedentes não caducam, mas se cumulam e se complementam. Dessa forma, a doutrina mais moderna vem preferindo a utilização do termo dimensões de direitos fundamentais.
Todos nós temos que lutar pelos nossos direitos e pelos direitos de todos. Os direitos humanos foram grandes conquistas da humanidade que precisam ser respeitadas e as autoridades precisam garantir o seu cumprimento, só assim conseguiremos diminuir as barreiras da desigualdade que existe em nosso país.
Como pessoas e educadores, pois não se separa um do outro, temos que ter uma prática educativa consciente. Poderemos transformar a sociedade respeitando as diferenças através de nossos exemplos, da relação que fazemos entre o pensamento, a fala, as ações e da reflexão permanente de valores.
Temos o dever de contribuir para formar uma sociedade melhor, onde a individualidade de cada um seja respeitada, para que se possa diminuir as desigualdades sociais. E somos uma classe de trabalhadores privilegiada, pois temos essa oportunidade em nossas mãos; muitos trabalham com números, mercadorias, papéis, etc... Nós trabalhamos com pessoas, seres humanos que precisam apenas de oportunidades para fazer um mundo melhor.Vamos fazer a nossa parte de educadores, plantando a nossa sementinha.



Referências
Disponível em:

http://www.unimep.br/phpg/mostraacademica/anais/4mostra/pdfs/8.pdf
http://www.direitoshumanos.usp.br/
http://www.pt.wikipedia.org/
Acesso em: 15 out. 2009.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Histórico da EaD no Brasil

Referente ao módulo 1 - unidade 3- Os novos rumos da Educação
Histórico da EaD no Brasil


Projetos que contribuíram para a disseminação da Educação a Distância:

• Em 1904: escolas internacionais, que eram instituições privadas, ofereciam cursos pagos, por correspondência; Este modelo foi consagrado com a criação da Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, concebida por um grupo liderado por Henrique Morize e Roquete Pinto (1923).
• Entre 1922 e 1925, houve no Brasil um importante trabalho educativo através do rádio;
• Em 1934: Edgard Roquete-Pinto instalou a Rádio-Escola Municipal no Rio. Estudantes tinham acesso prévio a folhetos e esquemas de aulas. Utilizava também correspondência para contato com estudantes;
• Em 1939: surgiu o Instituto Monitor, em São Paulo;
• Em 1941: primeira Universidade do Ar, que durou dois anos;
• Em 1947: Nova Universidade do Ar, patrocinada pelo SENAC, SESC e emissoras associadas;
• Em 1961/65: Movimento de Educação de Base (MEB) – Igreja Católica e Governo Federal utilizavam um sistema radio--educativo: educação, conscientização, politização, educação sindicalista etc.
• Em 1970: A partir da década de 70, foram institucionalizadas em diversos países como Alemanha, Inglaterra, França, Espanha, Canadá, estados Unidos, Portugal e na América Latina universidades públicas voltadas exclusivamente para a oferta de cursos a distância.
• Projeto Minerva – convênio entre Fundação Padre Landell de Moura e Fundação Padre Anchieta para produção de textos e programas;
• Foi feito o remake da série americana Sesame Street ( Vila Sésamo), uma parceria da TV GLOBO com a TV CULTURA DE SÃO PAULO que foi a primeira grande experiência brasileira de uso efetivamente pedagógico do meio televisual de massa.
• Entre 1970 e 1980, instituições privadas e organizações não governamentais (ONGs) começaram a oferecer cursos supletivos a distância.
• Em 1972, o Governo Federal enviou à Inglaterra um grupo de educadores, tendo à frente o conselheiro Newton Sucupira: o relatório final marcou uma posição reacionária às mudanças no sistema educacional brasileiro, colocando um grande obstáculo à implantação da Universidade Aberta e a Distância no Brasil;
• Em 1976 a TV GLOBO realiza outra programação infantil educativa, baseada na obra de Monteiro Lobato, foi criado o Sítio do Pica-pau Amarelo em parceria com a TV Educativa do Rio de Janeiro.
• Em 1977 as organizações Globo criam uma nova instituição a Fundação Roberto Marinho – programa de educação supletiva a distância, para 1º e 2º graus;
• Em 1991 a Universidade Federal de Mato Grosso pensou na possibilidade de ofertar um curso de graduação a distância para professores da rede pública.
• Em 1992, foi criada a Universidade Aberta de Brasília (Lei 403/92);
• A partir de 1994 as universidades brasileiras passaram a se dedicar à pesquisa e à oferta de cursos superiores a distância e ao uso de novas tecnologias nesse processo.
• Em 1995 foi criada a ( SEED ) Secretaria de Educação a Distância.
• Em 1996 foi aprovada a LDB ( lei n° 9.394, de 20/12/1996) que aprovou a Educação a Distância como modalidade para o sistema de ensino.
• Com a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) 9.394/96, de 20/12/96, o Instituto Universal Brasileiro foi legalmente reconhecido como instituição de ensino de 1º e 2º Graus a distância
• a Constituição brasileira, pelo Decreto nº 2.494, de 10 de fevereiro de 1998, regulamentou o Art. 80 da Lei nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996, estabelecendo as normas e regras da educação à distância no Brasil,
• Entre 1999 e 2001 universidades virtuais formaram redes de cooperação acadêmica, tecnológica ou comercial;
• Em 2000 o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão CEPE UFPR exarou a Resolução n° 54/00 que instituiu o Currículo Pleno do Curso de Pedagogia- Séries Iniciais do Ensino Fundamental na modalidade de EaD.
• Segundo os dados oficiais do Anuário Brasileiro de Educação a Distância, publicado pela ABED (Associação Brasileira de Educação a Distância):
• - Pelo menos 1.278.022 de brasileiros estudaram por EAD em 2005, tanto pelos cursos oficialmente credenciados quanto por grandes projetos nacionais públicos e privados.
• - O número de instituições que ministram EAD de forma autorizada pelo sistema de ensino cresceu 30,7%, passando de 166 (em 2004) para 217 (em 2005).
• - O número de alunos que estudam nessas instituições cresceu ainda mais, passando de 309.957 (em 2004) para 504.204 (em 2005).
• - No ano de 2005 houve um pico na oferta de novos cursos a distância. Foram oferecidos, pelas instituições da amostra, 321 novos cursos neste ano, contra 56 novos cursos em 2004 e 29 novos cursos em 2003.

Ao realizar esta pesquisa aprendi muitas coisas novas com relação a EaD, acontecimentos que eu não tinha conhecimento.
A EaD já percorreu um longo caminho até hoje, com muitos fatos marcantes durante a sua história e com certeza vai continuar se aperfeiçoando buscando sempre o melhor para a educação brasileira.
As minhas expectativas em relação a EaD são que cada vez mais sejam oferecidos cursos nessa modalidade, para que possamos alcançar um maior número de pessoas que desejam aprimorar os seus conhecimentos.
“ Tanto a educação a distância quanto a educação presencial são potencialmente boas ou medíocres, dependendo do projeto e da seriedade dos profissionais envolvidos” ( Onilza Borges Martins)
Essa frase expressa exatamente o que temos que valorizar em um curso a distância, a seriedade e o compromisso de todos os que estão envolvidos nesse processo.

Referências
http://www.ead.ufms.br/ambiente/historico/
http://www.novomilenio.inf.br/idioma/19810900.htm
http://ccvap.incubadora.fapesp.br/portal/coletivo/1-historico-daead
http://edsonary.blogspot.com/2007/06/grupo-3-breve-histria-da-ead-no-brasil.html
http://www2.pucpr.br/reol/idex.php/DIALOGO?dd99=atual
http://www.scielo.br/pdf/es/v23n78/a08v2378.pdf

Projeto EJA Informática

Referente ao módulo 3- unidade 1- Sujeitos e Saberes da Educação de Jovens e Adultos

PROJETO EJA INFORMÁTICA

Duração: Durante todo o curso.

Justificativa: Este projeto tem por finalidade a introdução da inclusão do aluno da EJA, 1º segmento, no mundo digital e visa atender os alunos do Centro de Ensino Fundamental 03 de Sobradinho no desenvolvimento de atividades simples, que complementam o desenvolvimento da grade curricular prevista para o semestre letivo, sendo o coordenador do Laboratório de Informática o mediador entre a teoria e a prática, sempre em parceria com o professor regente.




Uma Utopia ... (Projeto de Informática)



Objetivos: Aliar sala de aula com tecnologia digital para alunos de EJA 1º Segmento;

Levar o aluno jovem e adulto a reconhecer e identificar diferentes tipos de texto usando o recurso do computador;

Defender pontos de vista com argumentos coerentes;

- Reconhecer seus direitos e deveres como cidadãos vivendo em um mundo globolizado, , sentindo que fazem parte desse mundo, sabendo de seus di- reitos e deveres;

Levar os atores do processo de inclusão digital a compreenderem seus papéis no todo;



Uma possibilidade de aprendizagem inovadora





Atividades:


- Uma roda de conversa sobre o que eles conhecem sobre a informática?

-Quais as experiências que já tiveram com o computador?

-Quais as suas expectativas sobre o tema?

- O que eles acham que a informática pode melhorar na vida deles?

-Conhecer o computador;

- Acesso a internet;

- Conversa sobre como a internet pode ser útil no dia-a-dia;

- Conversa sobre os perigos da internet;

- Levantamento do que eles desejam aprender sobre a informática;

- Aulas práticas com atividades livres e dirigidas;


Entusiasmo!!!






Edna é aluna de 2º Semestre e durante o 1º semestre de 2008 encontrava-se desmotivada e sem perspectivas... numa aula, no Laboratório de Informática ela teve oportunidade de conhecer e pesquisar a história de vida de Cora Coralina e daí viu que se ela publicou o seu primeiro livro com 75 anos de idade ela pensou: eu também posso!!! E este semestre está cheia de entusiasmo e com um excelente rendimento


Inclusão Digital




" Escola que não ensina manejar computador, entrar nas redes de informações, mantendo-o em permanente reciclagem, cria novos analfabetos. O sem computador de hoje é o sem terra do futuro."


Gilberto Dimenstein


(Folha de São Paulo, caderno Mundo, Ed. de 20/04/97, pp. 20)


REFERÊNCIAS:

http://sites.google.com/site/ejasobradinho/ang%C3%BAstiaspedag%C3%B3gicas